terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quinto capítulo*

Em Dezembro voltei a minha casa para passar uns dias de férias, revi todo mundo, me diverti a beça, e adivinha quem eu reencontrei?
Pois é... o Z ...
A gente já não se via nem se falava há vários meses, a vida tinha se encarregado de nos afastar, cada um tinha ido para um lado...
Ele ainda era, digamos, o dono do meu coração, não havia outra pessoa, e por isso vira e mexe me pegava pensando nele...
Mas o fato é q a vida nova lá em Fortaleza me fez desapegar um pouco...
É aquela coisa, nada como não ver, não falar, não ter notícias da pessoa ...nada melhor que isso para você descobrir que pode viver sem ela...mesmo que não a tenha esquecido...
Logo na primeira noite fui a uma hiper festa com toda a galera, e em meio a tanta gente me paparicando, havia vários garotos querendo ficar comigo (mais uma vez eu era a novidade,rsrs, eu adorava isso, aliás, acho que ainda adoro...afinal, sou leonina) mas eu não quis ficar com ninguem, porquê eu queria vê-lo antes, queria saber o que aconteceria quando a gente se olhasse...de alguma forma eu estava ansiosa por isso, sentia frio na barriga e tudo mais....
E quando nos olhamos...adivinha o que aconteceuuuuuuuuuuuuuuuuu?
adivinhou...
... Ele me puxou rápido para dançar e me deu aquele abraço, foi tão gostoso, parece que tudo tava direferente, parece que todos tínhamos mudado, estávamos mais leves, mais felizes...mais soltos, mais livres...
Foi ótimo ficar com ele aquela noite, foi ótimo dar risada do passado, relembrar coisas, rir um do outro, ele tava um doce, me chamou prá fugir, queria sumir dali comigo, e eu só ria dele, e no fundo meus sentimentos se misturavam, porque bastou beijá-lo para eu descobrir que havia acabado, agora ele era só mais um, e aquilo era estranho, porém, o fato é que todo aquele sentimento havia ficado para trás, junto com aquela vidinha pacata que eu levava antes, e agora parece que eu tava me tornando mulher... e uma mulher cheia de sonhos, de desejos, alguém que não se contentava mais com aquela vidinha, alguém que queria mais, que queria conhecer, aprender mais e mais...
E aquela festa, aquelas coisas, aquelas pessoas, todas eram queridas por mim, eu adorava aquilo, a festa, as companhias, as brincadeiras, as farras, mas eu não queria só aquilo, eu queria ir além...
mas todos estavam felizes daquele jeito, ninguém ali queria mais nada...
Só eu!
E eu nem sabia exatamente o que é que eu queria...
E ficava pensando que todos deveriam querer mais, sair daquele mundinho, olhar lá fora, estudar, trabalhar, conhecer o mundo, mas por outro lado, quem só conhece o arroz, não fica triste por não ter o filé, mas depois que conhece o filé, ai sim, ficará triste o dia que não o tiver...
entao era melhor deixar quieto, deixar o povo ser feliz com o que tinha...mas...mas...mas...
...E assim filosofava eu, perdida em meus pensamentos....enquanto...enquanto o Z me beijava, me enchia de carinho, mas aquele beijo já não me satisfazia, havia perdido o gosto, o gosto da paixão, que agora era passado.
E fico pensando nas minhas filosofias...14 anos e já filosofando...parecendo gente grande...
Pensei numa frase agora sobre mim:
"Eu nunca fui criança e até hj ainda sou e eu sempre fui adulta e até hj ainda nao sou"
essa fui eu que criei....hehehe
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