quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eight...

*1995 - ano novo e escola NOVA!
Isso a principio nos assustou. Não queríamos deixar nosso cantinho, mas tinhamos que fazer isso, no nosso HB só tinha aula até a oitava série, então...lá fomos nós!
Todos mudamos para a mesma escola (pelo menos isso) que se chamava Joaquim Nogueira, ou JN para nós,rsrs.
O HB ficava praticamente do lado da casa que eu morava, mas o JN nao...dava até para ir a pé, mas nao era tao pertinho!
No primeiro dia de aula, a surpresa...eu fiquei numa sala sem nenhum dos meus amigos do HB, cada um foi parar numa sala diferente, e quase choramos no primeiro dia, mas depois desencanamos, afinal, nos veríamos na entrada, na saída, no intervalo, nos corredores...
E nada ia mudar...pelo menos foi o que pensamos!
...Durante um tempo nada mudou mesmo, ou melhor, mudou tudo,rsrs, mas para melhor!
ìamos juntos a escola, na maioria das vezes eu e a Paula íamos caminhando, e na volta quando conseguíamos sair mais cedo, passávamos no HB para rever nosso povo querido (leia-se Aíla, Carlos...rsrs, mas também tinha o Lázaro e a própria escola q era nossa,rsrs).
Conhecemos lá no JN pessoas diferentes, fizemos novas amizades, e a minha melhor amiga da minha escola nova e da minha sala era a Glayr.
Entao o que mudou é que ampliamos nossas amizades, porquê eu conheci os amigos deles e eles os meus e assim vivíamos contentes, pois fazer amizade era o que mais gostávamos nessa vida!
Diversas vezes voltava da escola com a Paula e o Márcio...e quando tínhamos um tempinho sentávamos no chão na calçada do HB para fazer a segunda coisa que mais gostávamos nessa vida...filosofar!
Falávamos de nossas vidas...das decepções, dos sonhos, queríamos tantas coisas e às vezes não queríamos nada mais que ficar ali e viajar em nossas esperanças!
A Niedja ia bastante lá na casa que eu morava, ela namorava o Alexandre que também se tornou meu amigo, e muitas vezes os dois passavam lá em casa para a gente bater papo, no sábado a noite eu e a Niedja íamos a missa na mesma igreja, entao a gente era super grudada, a Ni era totalmente diferente do Márcio e da Paula, com a Niedja nao havia filosofia, ela simplesmente vivia,rsrss, ela era bem maluquinha, a Paula e o Márcio bem mais quietinhos, certinhos, e eu me dava bem com todos e amava a todos...porque eu era na verdade uma mistura de tudo...
meus amigos ... minhas joias raras!
... Que saudades daquele tempo...que vontade de vivê-lo de novo e aproveitar melhor cada segundo...
fazer o quê né?!? não dá mais....já foi! temos sempre a péssima mania de não aproveitar enquanto é possível e de lamentar depois que já não é mais...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

*Seven

...A vida seguia seu rumo...
Estávamos em 1994, ano de copa do mundo, e o Brasil, diga-se de passagem, foi tetra-campeão...
Em meio a tantos alvoroços, havia uma coisinha que tava me deixando ansiosa...e com certeza nada tinha a ver com o Brasil, com a copa ou qualquer coisa parecida....era mês de julho, dia 23 faria 15 anos e tinha uma grande festa prometida para essse dia...desde pequena, sonhava com minha festa de 15 anos, que com certeza não teria se realizado se eu não tivesse ido morar em Fortaleza, pois meus pais não teriam condições para isso...
.. Tive uma mega-festa, ganhei um montão de presentes, foi uma noite hiper emocionante, teve missa especial lá na Igreja onde iamos todo sábado, eu tava vestida com um vestido de noiva, como era de costume na época, dancei valsa, tirei fotos, me diverti, e fui mimir depois agradecidíssima aquelas pessoas que tanto fizeram para me ajudar a realizar um sonho...
aquela foi a primeira vez que eu tive uma festa de aniversário, nunca tinha sequer visto nada daquilo, e isso aumentava ainda mais minha gratidão.
Estava na oitava série, ultimo ano lá no HB, pois lá não tinha o segundo grau (como era chamado na época, o que hj se chama ensino médio)
não gostávamos da ideia de deixar nossa ecola, pq aquela era sim a NOSSA ESCOLA, e até hj nenhuma escola foi tão minha...
O zelador era nosso amigão e as vezes tinha algum evento na escola de sábado ou mesmo quando não tinhamos aula na semana, a gente ia e depois que todos iam embora, ficávamos lá, de bate-papo com ele, geralmente eu, a Paula e o Marcio...as vezes ficávamos de bobeira, zanzando pela escola inteira, mas na maioria das vezes ficávamos fazendo o que mais gostávamos...filosofando...falando das nossas vidas!
aquilo era tão bom...a gente sentava no chão, dávamos altas risadas, e tudo parecia simples, esqueciamos nossos problemas, nossos anseios, e nos entregávamos aquele momento.
Nossa professora preferida era Aila...ela nos dava aulas de inglês e literatura, foi a pessoa que fez meu desejo e gosto pela leitura fluirem de vez, ela era uma biblioteca ambulante literalmente, lá na escola não havia biblioteca, mas havia Aila, que tinha centenas e centenas de livros de todos os tipo, nas aulas de literatura ela levava vários deles, e deixava que escolhêssemos o que queriamos levar para casa para lermos...eu e a Paula éramos sem dúvidas, as leitoras mais assíduas, eu mesma só naquele ano de 94, consegui ler 94 livros ... se pudesse passava o dia todo lendo, era fantástico...
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Nos fins de semana, comecei a ter aulas para fazer a crisma, algo que é uma tradição de quem é católico, quando nasce tem o batismo, depois faz a primeira comunhão e depois a crisma, eu tava na idade de fazer a crisma, então a Dona Noeme me matriculou no curso, junto comigo no mesmo curso estavam a minha irmã e a Niedja, minha amiga da escola...a Aldenoura já tinha feito a Crisma, mas ia com a gente só prá poder sair um pouco de casa, queira ou não aquele era um momento meio livre...
Em outubro então fizemos a crisma, minha mãe e meu irmãozinho viajaram para Fortaleza prá participar, a Luci foi minha madrinha, foi bem legal, teve uma missa hiper-especial, depois uma virgilia....
Aliás 2004 foi mesmo o ano de festas e comemorações especias: meus 15 anos em julho, a crisma em outubro e no fim do ano, a formatura...
Não tivemos exatamente uma festa, só uma missa e um passeio a praia das fontes...mas foi bem legal, passamos o dia todo juntos e encerramos aquele ciclo de nossas vidas, que dali adiante seguiria rumo ao desconhecido ...
e quem nos ajudou a organizar tudo foi nossa teacher favorita...a Aila...
Depois da formatura, em Dezembro, como de costume viajei a casa dos meus pais, lá no sitio....lá no interior...
Viajar é sempre uma emoção, e essa viagem era mais que isso...era o dobro, o triplo de todas as emoções...só de pensar que tava chegando o dia eu já sentia um frio na espinha,rsrs...
Como era bom ir para casa..minha casa...minha gente! minha terrinha, meu quintal, minhas cadeiras de balanço...minha mãezinha, meu povo!
Mas ao chegar lá tive algumas noticias nada agradáveis...
O Z havia ido morar em Sao Paulo (isso eu já sabia) mas acontece que quando cheguei a minha casa, a familia dele havia recebido a noticia de que ele estava doente...muito doente! estava com meningite...e a cada hora recebiamos uma noticia diferente...
Meningite é uma doença traiçoeira...eu tenho pavor até dessa palavra, se até hoje ela apavora, imagine então, 15 anos atras...era bem pior!
Diziam e dizem (confesso que nunca me informei se é bem assim) que há três tipos de meningite:
uma que mata em 24hs
uma que deixa a pessoa com algum tipo de deficiência, ou alguns,sei lá.
e uma que você faz um tratamento e fica ótimo depois, sem sequelas.
E graças a Deus foi esse o caso dele, mas como estávamos a quilômetros e quilômetros de distância, era terrivel esperar por notícias...mas tudo acabou bem e ele ficou totalmente curado ...

Só que aquelas férias nao foram muito boas, nada parecidas com o q eu esperava...
passei praticamente as férias todas preocupada com ele..aquele lugar me lembrava demais ele, tá ali e saber que ele não ia aparecer já era chato, imagina então saber que ele tava entre a vida e a morte....nem gosto de lembrar da minha agonia....
mas passou....
...e assim se foi mais um aninho!
...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sexto*

2009-09-02...Hoje o dia está lindo, estou tão contente, mesmo sem motivo aparente...isso é tão bom, porque significa que não estou sentindo falta de nada, estou satisfeita...pelo menos por hoje,rss...e esse capítulo me fez voltar a um tempo em que tudo era mais simples, ser feliz era mais simples...me fez relembrar coisas malucas, me fez sentir saudade, mas uma saudade boa...daquelas que a gente dá gargalhadas ao reviver na memória algumas cenas...
Divirta-se ... e sente-se porque você pode ter um susto...
(Eu avisei (avisei???) que não era anjo sempre ... kkk)

...Lá se foram aquelas férias...lá se foi aquela paixão...
E essa foi a última vez em que meus lábios tocaram os dele...apesar de lá na frente muita água ter rolado, já adianto que aquela história encerrou-se ali...ou melhor, a paixão ficou enterrada ali, porque a história em si ainda teve outros capítulos...

Bom, ano novo...o tempo não para e vamos voltar a vida...
Voltar a vida para mim naquele momento significava voltar à Fortaleza e foi o que fiz logo após a virada do ano...e lá eu só pensava numa coisa: o reinício das aulas...
Estava com catorze anos e na oitava série...estudando no HB junto com a Paula, o Márcio e a Niedja...como já havia dito, a melhor escola, os melhores amigos e os melhores professores...
E por falar em professor, esse capítulo é sobre um em especial que me tirou do ar algumas vezes...
Senta que lá vem história...

Tinhamos lá no HB um professor chamado Carlos, ele havia sido meu professor de matemática na sétima série e agora na oitava era de ciências. Todas as alunas babavam por ele que devia ter quase 40 anos, e nós, 14; algumas 15; as mais velhas deviam ter 18, imagina só...
Ele era um amor, todo doce com sua legião de fãs.
Seu curriculo incluia um casamento e dois filhos, e isso nós esqueciamos completamente quando estávamos com ele, mas para ser bem sincera, não estávamos ali para ter um caso com ele, por isso pouco importava se era casado, o que queríamos era a atenção, era ser paparicada... adolescente adora isso, e meninas gostam de homens mais velhos exatamente porque não são meninos, são homens né?rss...
Eles se tornam uma espécie de ídolo para nós, eles nos protegem, nos passam segurança...
Ele era todo carinhoso comigo, eu me sentia a super super...desde o primeiro dia ele me dava uma atenção toda especial e eu achava que era pelo fato de eu ter entrado no meio do ano e ser novata, então ele fazia de tudo para me proteger, para fazer com que eu me sentisse bem, mas haviam vários outros professores e nenhum era assim tão protetor e tão bonzinho comigo quanto ele...e eu já tava mais que enturmada, já era a mais popular daquela escola, ele nem precisava mais ser tão bonzinho, mas ele era...e isso me fazia ir às nuvens...eu suspirava pelos cantos e fazia de tudo para encontrá-lo "por acaso" nos corredores ou nas outras salas de aula...
Essa poderia ser só uma historinha de paixão platônica super normal que já aconteceu com toda garota...sim, poderia...Mas comigo não foi assim...(Pois é, eu disse para se sentar)...
Emfim...vira e mexe eu saia da minha sala, fingia ir ao banheiro e ia a sua "caça", já sabia quase todos seus horários em cada sala, e passava pela porta como quem nao quer nada, ai ele me via e me chamava:
_Venha cá minha bixinha,rsrs
(isso lá no Ceará é uma expressao de carinho, por mais estranho que pareça,rss)...
e eu ia, e me derretia toda, ele beijava minha bochecha (eu ficava vermelha e ia até as nuvens com os pés no chão) e ele dizia:
_ Tá passeando é?
e eu:
_ Ah! a aula ta chata!
E o papo seguia...e perdíamos a noção do tempo falando sei lá o que...

E foi assim que numa bela noite o encontrei dando prova numa sala bem longe da minha...
E foi ai que algo aconteceu...
Primeiro que os alunos adoravam o fato de eu aparecer lá em dias de prova, porquê o C ficava distraido conversando comigo e enquanto isso, eles aproveitavam para colar...nessa noite colaram tanto que acabaram rapidinho a prova e foram embora, e na sala, só restou eu e o C.
Ficamos brincando de desenhar na lousa, demos muita risada, e entao...
Ele me beijou...assim, sem mais nem menos... aquilo jamais havia passado pela minha cabeça por mais que babasse por ele, mas era só isso que pretendia, ser uma fã querida pelo ídolo...e eu já havia conseguido isso, ele me adorava, era sempre um amor comigo...mas esse beijo..ah esse beijo:)
A principio eu recusei virando o rosto, de tão inesperado que era aquilo, mas dois segundos depois, quando ele veio de novo com a boca em minha direção eu aceitei...e tenho que dizer que foi maravilhoso, um beijo daqueles que há tempos eu não dava, um beijo bem dado, um beijo prá valer...com emoção....
Desde que chegara a Fortaleza não havia beijado ninguém...e desde que me entendia por gente, jamais havia beijado um HOMEM,rsrss...sim porque todos que eu já havia beijado em meus anos de experiência(ohhhh) eram só garotos...
Mas o C...oh my God...o C tinha idade para ser meu pai, quase o triplo da minha idade,acho que pirei...
Mas voltando ao beijo, o beijo tinha emoção...e bota emoção nisso...foi O BEIJO!
Durou um super tempão...só parou quando tocou o sinal de fim das aulas, então abrimos nossos olhos e nos olhamos....meu Deus... que vergonha!
quase sai correndo e nem dei tchau, não conseguia mais encará-lo, não naquela hora, não sem antes saber o que era aquilo, o que eu tinha feito, o que tudo aquilo significava....
Então andei rápido meio atordoada em direção a minha sala, a Paula e o Marcio estavam vindo com meu material na mão e a Paula tava brava... eu tinha sumido a aula toda...
já veio me dando bronca mas eu mal conseguia ouvi-la. Fui pra casa meio aérea, e ao chegar lá e por a cabeça no lugar veio o remorso. Como eu podia ter feito aquilo? Por alguns minutos me senti suja...
tinha beijado um homem casado. Meu DEUS! que doida!
Fiquei meio pensativa, meio chateada...mas no outro dia, passou toda chateação e remorso, quando cheguei à escola e recebi aquele sorriso e aquele olhar de cumplicidade, tudo se iluminou!
Contei prá Paula e ela riu muito de mim...era meio ridiculo tudo aquilo...ele era muito mais velho que eu, era disso que ela ria...mas aquilo também era meio perigoso, meio sei lá...
Eu ria junto com as meninas, embora de vez em quando tivesse uns surtos de que aquilo não era uma brincadeira e elas deviam me dar bronca ao invés de rirem ...
Mas quando o encontrava em algum corredor escondida (o que passou a acontecer várias vezes) eu esquecia tudo e me entregava a aqueles beijos...
Foram só beijos, nunca passou disso, eram beijos escondidos nos corredores ou na porta da escola, ou no máximo em um barzinho lá pertinho da escola...
Quem ler isso pode pensar que o cara tava querendo se aproveitar da menininha, e eu garanto que a menininha também aproveitou muito do cara,rsrs...no bom sentido, claro...aproveitei aqueles beijos que eram bons demais, e ele jamais tentou outra coisa, nem mesmo mão boba, nada...
Naquela época não era como hoje que duas pessoas mal se olham e já pensam em sexo (não que isso seja de todo ruim,rss).
Só sei que quando lembro daqueles beijos tenho vontade de beijar daquele jeito de novo...poucas coisas na vida são mais prazerosas do que um beijo bem dado, daqueles em que o encaixe é perfeito...e poucas pessoas conseguem esse encaixe...
E o efeito que um beijo bem dado causa é algo surreal, eu sei que mesmo sem pensar em sexo eu me derretia toda (literalmente falando:P) ...ahhhhh....melhor parar se não isso aqui pode virar um conto erótico daqueles que nem sexo tem e são mais eróticos que qualquer um recheado de sexo...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quinto capítulo*

Em Dezembro voltei a minha casa para passar uns dias de férias, revi todo mundo, me diverti a beça, e adivinha quem eu reencontrei?
Pois é... o Z ...
A gente já não se via nem se falava há vários meses, a vida tinha se encarregado de nos afastar, cada um tinha ido para um lado...
Ele ainda era, digamos, o dono do meu coração, não havia outra pessoa, e por isso vira e mexe me pegava pensando nele...
Mas o fato é q a vida nova lá em Fortaleza me fez desapegar um pouco...
É aquela coisa, nada como não ver, não falar, não ter notícias da pessoa ...nada melhor que isso para você descobrir que pode viver sem ela...mesmo que não a tenha esquecido...
Logo na primeira noite fui a uma hiper festa com toda a galera, e em meio a tanta gente me paparicando, havia vários garotos querendo ficar comigo (mais uma vez eu era a novidade,rsrs, eu adorava isso, aliás, acho que ainda adoro...afinal, sou leonina) mas eu não quis ficar com ninguem, porquê eu queria vê-lo antes, queria saber o que aconteceria quando a gente se olhasse...de alguma forma eu estava ansiosa por isso, sentia frio na barriga e tudo mais....
E quando nos olhamos...adivinha o que aconteceuuuuuuuuuuuuuuuuu?
adivinhou...
... Ele me puxou rápido para dançar e me deu aquele abraço, foi tão gostoso, parece que tudo tava direferente, parece que todos tínhamos mudado, estávamos mais leves, mais felizes...mais soltos, mais livres...
Foi ótimo ficar com ele aquela noite, foi ótimo dar risada do passado, relembrar coisas, rir um do outro, ele tava um doce, me chamou prá fugir, queria sumir dali comigo, e eu só ria dele, e no fundo meus sentimentos se misturavam, porque bastou beijá-lo para eu descobrir que havia acabado, agora ele era só mais um, e aquilo era estranho, porém, o fato é que todo aquele sentimento havia ficado para trás, junto com aquela vidinha pacata que eu levava antes, e agora parece que eu tava me tornando mulher... e uma mulher cheia de sonhos, de desejos, alguém que não se contentava mais com aquela vidinha, alguém que queria mais, que queria conhecer, aprender mais e mais...
E aquela festa, aquelas coisas, aquelas pessoas, todas eram queridas por mim, eu adorava aquilo, a festa, as companhias, as brincadeiras, as farras, mas eu não queria só aquilo, eu queria ir além...
mas todos estavam felizes daquele jeito, ninguém ali queria mais nada...
Só eu!
E eu nem sabia exatamente o que é que eu queria...
E ficava pensando que todos deveriam querer mais, sair daquele mundinho, olhar lá fora, estudar, trabalhar, conhecer o mundo, mas por outro lado, quem só conhece o arroz, não fica triste por não ter o filé, mas depois que conhece o filé, ai sim, ficará triste o dia que não o tiver...
entao era melhor deixar quieto, deixar o povo ser feliz com o que tinha...mas...mas...mas...
...E assim filosofava eu, perdida em meus pensamentos....enquanto...enquanto o Z me beijava, me enchia de carinho, mas aquele beijo já não me satisfazia, havia perdido o gosto, o gosto da paixão, que agora era passado.
E fico pensando nas minhas filosofias...14 anos e já filosofando...parecendo gente grande...
Pensei numa frase agora sobre mim:
"Eu nunca fui criança e até hj ainda sou e eu sempre fui adulta e até hj ainda nao sou"
essa fui eu que criei....hehehe
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