quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Décimo capítulo*

...O desfecho do capítulo anterior soou triste né? mas é real...o amor é um assunto que ainda me tira o sono...mas não vamos pular etapas...voltemos a 1995 onde eu dormia mais e melhor apesar dos pesares...kkk...
Bom, o ano ainda tava no começo, apesar de todos os acontecimentos em andamento...
Não sei se antes ou depois do último ocorrido (a ordem do trator não altera, nesse caso, o viaduto mesmo,rsrss...)mas sei que antes mesmo da minha irmã voltar a morar lá no sítio e o assunto São Paulo surgir, aconteceu algo que merece ser registrado...A Lucí, como já havia comentado, tinha uma irmã que morava em Acopiara, a cidade pertinho do sítio onde meus pais moravam...e um belo dia ela me fez uma surpresa...disse que iria passar o fim de semana na casa da irmã, e claro, ia me levar porquê assim aproveitava para matar a saudade de casa...nossa, foi uma euforia! adorei a notícia e chamei minha irmã que também ficou maravilhada...a Aldenoura foi com a gente e viajamos de carro junto com a Lucí, o Sr. Airton e as crianças: Bruno, Camila e Airton Jr...a viagem de Fotaleza a Acopiara dura mais ou menos 6 horas ...e eu nunca vi 6 horas demorarem tanto a passar...Ô ansiedade danada!!! mas chegamos...e nossa!!! foi a maior surpresa para meus pais e todo o pessoal...Mas surpresa mesmo quem teve foi a Suenyr...minha mehor amiga na época, daquele lugar....Acontece que tinha algo acontecendo que eu não fazia ideia...lembram do Z? ahh sim, claro! então...nesse tempo em que não falei dele é que nem tinha o que falar...ele sarou da meningite, voltou de São Paulo, continuou morando lá no sítio, depois voltou a São Paulo e logo em seguida retornou ao sítio, eu nem sei o andar da carruagem porquê eu já não sabia mais notícias dele direito...até porquê como comentei no capítulo anterior meu contato com o pessoal lá do sítio tava escasso...enfim, eis que numa dessas voltas dele ao sítio ele e a Suenyr começaram a namorar...pluft! que tapa na cara levei...
Sei que quando cheguei as más línguas já vieram me contar tudo...tudo distorcido, tudo torto, mas tudo...eu fiquei tonta...confesso que estava estagnado o sentimento...e quando viajei para lá não fiz planos nem nada, mas é óbvio que se desse de cara com ele o sentimento que estava escondidinho e quietinho teria muitas chances de voltar a me perturbar...e sabia também que se o encontrasse provavelmente iria ficar com ele...mas não havia me prendido muito nisso, até porque não sabia se ele estava lá ou em São Paulo...então fui pega de surpresa e diga-se de passagem, não era uma surpresa agradável....minha melhor amiga, meu amor primeiro...minha confidente...a que me ouvia lamentar e me via chorar...a que primeiro via meu olho brilhar...ai, que situação! não tinha noção do que ia fazer ou dizer quando a encontrasse e a casa dela era bem pertinho da minha então a qualquer segundo o encontro aconteceria...e aconteceu...nos vimos e fizemos de conta que nada estava acontecendo...saimos pelo sítio normalmente como antes e o assunto em questão nada...ela fugia de qualquer assunto que pudesse chegar ao principal, eu não fazia questão nenhuma de abordá-lo, eu não sabia o que dizer, como agir...então era melhor esperar...nossos amigos em comum e os mais engraçadinhos davam risada e deixavam escapar alguma piada ao verem nós duas juntas e claro, nós duas percebíamos e fingíamos nada estar vendo...que tortura aquela tarde! que situação embaraçosa!
Bom, para variar ia haver uma festa a noite em outro sítio e nós fomos...ouvi rumores de que ela não ia...as más línguas dissseram que ela não queria ir para que ele também não fosse porquê ela não queria que ele me visse...mas eu prefiro acreditar que ela estava sem graça de eu vê-la com ele...eu também estaria.
Ele tinha comprado uma moto, e da minha casa deu para ver quando ele chegou a casa dela...e deu até para ouvir uma briga...era realmente bem perto...sei que eu, minha irmã e Aldenoura nos arrumamos e fomos em direção a casa dela pois a irmã dela e toda a galera estava lá nos esperando...não o vi nessa hora, ele estava com ela lá dentro e eu não entrei e eles não sairam...então fomos a festa e claro, eu não me diverti nada...fiquei péssima mas no auge do meu orgulho (mais ferido que nunca) não deixei ninguém perceber...e de repente eu os vi chegar...nossa, que horrível! fiquei de longe olhando...e passamos aquela noite assim, eu fugindo deles, ele fugindo dela e ela fugindo de mim...na verdade eles mal encostaram um no outro lá na festa...
Teve uma hora que eu tava com o pessoal bem longe do salão e ele foi até lá falar comigo...Ficou fazendo gracinhas e perguntando quando eu viria embora, eu disse que tava muito bem onde eu tava e que não viria mais embora...ele disse que queria ir embora também e ficou naquele papo superficial e jogando indiretas, me elogiando, dizendo que Fortaleza tava mesmo me fazendo muito bem porquê eu tava muito bonita e eu odiei aquilo...então ela apareceu lá longe e é óbvio que estava a caça dele...
E eu disse:
_Vai lá, porque se não você vai apanhar.
Ele resmungou:
_Não tenho medo de ninguém e não tô nem ai.
Então eu o deixei falando sozinho e me mandei dali...naquela madrugada fiquei acordada muito chateada e pensando porquê a vida fazia isso comigo...por que justo eu tinha que passar por isso?
Hoje dou risadas porque aquilo não era nada se comparado ao que ainda estaria por vir e nas inúmeras peças que a vida ainda me pregaria...no outro dia os comentários maldosos eram gerais:
_Nossa, ela ficou ferrada porquê ele a largou lá sozinha para ficar de papo com você.
_Ahh ela odiou a festa.
_Ixi, eles quebraram o pau.
_Nem se falaram mais depois que você foi embora.
...Lugares pequenos, sabem como é... todos sabem de tudo que acontece.. exageram e gostam!
Mas eu mal conseguia ouvir o que diziam...ainda tava tonta e atordoada com tudo aquilo e nem tinha decidido o que dizer ou fazer e de repente eis que ela aparece...minha reação foi falar com ela normalmente e de verdade, eu fiquei feliz com essa minha reação que nem foi planejada...deu para perceber no rosto dela o alívio e me coloquei em seu lugar...afinal, ela não havia me traido, ela não havia planejado, ela não era má. (eu acho que eu também não era má na época...já hoje...)...
Naquela noite ela foi a minha casa e deitamos na cama da minha mãe como era costume fazermos antigamente, a gente ficava lá horas e horas contando nossas coisas uma para a outra...lá era um lugar confortável, um esconderijo do resto do povo, e aquela cama grande, híper confortável, nos deixava a vontade para por nossos segredos em dia...e foi assim que ela me contou toda a história do romance deles...do quanto havia lutado contra o sentimento, mas que não houve jeito...do quanto teve medo que eu não quisesse mais a amizade dela...e do quanto ficara feliz ao ver que eu a tinha perdoado...abrimos nossos corações e selamos ali a paz que sempre existiu entre nós...sem falsidade, sem hipocrisia...só com amor... eu diria que foi ótimo ter essa conversa e diria também que, apesar da nossa pouca idade e pouca experiência, até que tivemos maturidade para lidar com a situação.
Depois que ela foi embora eu chorei...e aquelas lágrimas me diziam que era hora de encerrar aquele ciclo...e seguir!
Meu coração estava apertadinho e querendo voltar logo a Fortaleza e esquecer aquele fim de semana...
Esquecer ...
...Foi o que fiz...
Ironia do destino ou não, aquela foi a nossa última conversa de verdade...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Memórias...(nine*)

*Dois milhões de anos depois aqui estou com mais um capítulo*

...1995 foi mesmo um ano de reviravoltas, de mudanças, de acontecimentos marcantes...nem parece que tudo aconteceu em apenas um ano...tanta coisa para um ano só...

mas então...vamos ao que interessa:

...De fato muita coisa começou a mudar - com minhas amigas lá do sitio já não havia mais a troca constante de cartas e devagarinho começamos a nos afastar...lá na minha casa começou a rolar um boato de que minhas irmãs iam mandar dinheiro para minha mãe ir passar uns meses em São Paulo, a princípio era só para ela fazer um tratamento de alguns problemas de saúde que ela tinha, mas depois meu pai começou a cogitar a ideia de irmos todos morar em Sampa, disse que minha mãe é quem decidiria, ela iria passar uns meses lá e quando voltasse para casa resolveriam o que fazer.
Me mandavam cartas contando sobre isso e querendo saber minha opinião, eu não sabia direito o que pensar, morar em São Paulo ainda nao era algo que havia passado pela minha cabeça...mas agora eu só pensava como seria se fôssemos...para piorar meus pais deixaram claro que se eu quisesse poderia continuar morando em Fortaleza, ou seja, deixaram nas minhas mãos a decisão, e prá ser sincera eu não gostei nada disso, porque se eles me obrigassem a ir seria mais fácil, é que caso não desse certo eu teria a quem culpar,rsrs.
A gente é sempre assim ne?queremos tanto crescer e tomar decisões sozinhos, mas quando estamos na corda bamba adoraríamos que alguém pudesse decidir por nós para não sermos os únicos responsáveis pelo bem ou mal q possa vir a acontecer com nossas decisões...
Minha irmã que também morava em Fortaleza, voltou a morar no sítio para cuidar da casa e ajudar meu pai com meus irmãos enquanto minha mãe estivesse em São Paulo e eu fiquei "sozinha" lá em Fortaleza, o que me fazia sentir vontade de ir também...mas tudo isso ainda era apenas hipótese, nada havia sido confimado e muita água ainda ia rolar até lá...sem contar que eu tinha tantas outras coisas na cabeça que mal dava tempo de pensar nisso.
....Paralelo a tudo isso acontecia algo em meu coração...havia uma garota que era amiga do pessoal da casa onde eu morava, ela se chamava Virgínia...ela tinha um irmão que se chamava Evandro e ele dava aulas de teclado para o Airton Jr, o pessoal lá gostava muito deles, havia um outro irmão, o Marcos, juntos eles faziam alguns shows, O Evandro tocava e o Marcos e a Virgínia cantavam, eles eram ótimos e cantavam maravilhosamente bem...especialmente o Marcos...ahhhh o Marcos!!!
Para ajudá-los financeiramente a Luci começou a convidá-los a tocar nas festas de aniversários (que não eram poucas) lá na casa dela ... e lembro que eu me encantei ... nossa, ele tinha uma voz que era literalmente música para os meus ouvidos, e ele era ao mesmo tempo tão simples, tão diferente ...tão...ai ai... e era tímido, muito tímido...o olho dele tinha um brilho, uma coisa diferente...eu amo esse tipo de olhar até hoje...não sei explicar, é um olhar vivo, expressivo...mas não tenho como descrevê-lo aqui...
Fazia tempo que não sentia as borboletas se revirarem apenas com um olhar ou de ouvir a voz da pessoa...na verdade fazia tempo que não sentia nada direito por ninguém...ainda haviam rastros do Z em meu coração, mas a distância e tudo mais ajudavam a apagar...tinha a coisa física com o Carlos, mas só isso..nada de encanto, eu tava numa fase bem menina, bem desencanada...
...enfim...
...De verdade nem sabia muita coisa sobre o Marcos, se namorava, se amava alguém, nunca soube, nem deu tempo, o que fazia além de cantar e estudar, nem sei até hoje quantos anos ele tinha, sei apenas que era mais velho, já fazia faculdade....
Mas teve uma festa que foi demais especial...
Eu tinha q servir, era empregada da casa...mas não me sentia mal por isso, todos ali me tratavam tão bem que me sentia sim parte da família, e todos me ajudavam...aliás, era eu e Aldenoura, a outra garota que trabalhava lá...
Tanto eu quanto Aldenoura ficamos deslumbradas com o Marcos...ela era mais velha, mais experiente, tinha mais corpo também, verdade seja dita,rsss...mas eu tinha alguma coisa de diferente e especial também...todos temos...não importa se a fulana é mais gostosa ou coisa e tal...se você souber seu valor os outros vão perceber e te dar valor também! (queria ter essa convicção hoje e fazer valer o meu valor hoje, diga-se de passagem)... o fato é que por mais que a Aldenoura se jogasse para ele, os olhos dele o levavam até mim...a noite toda foi assim...eu na minha, ela na dele e ele na dele,rss...mas cada vez que eu estava por perto ou mesmo um pouco de longe sentia seus olhos em mim...e quando eu o olhava ele me encarava e nós dois sem graça acabávamos desviando o olhar e dávamos aquela risadinha tímida...em qualquer brecha (mas não havia muitas) ele se aproximava, eu também aproveitava o fato de está servindo para poder servi-lo sempre...e ele se aproveitava disso para me ter por perto... então sempre queria algo mesmo que de fato não quisesse!!!
Eu ainda era novinha, estava com 15 anos e nem tinha, por parte do pessoal q era responsável por mim, permissão para namorar...mas aquela noite foi mágica e todos perceberam que o Marcos havia gostado de mim... isso me deixou flutuando por dias... aquele olhar, aquele sorriso...na hora de ir embora aquele beijo no rosto meio que quase na boca...no cantinho, meio escondido, como se fosse sem querer, sabe quando você treme e se derrete toda? mas tinha tanta gente por perto...nada pudemos fazer e nem dizer de verdade!
Porém ele ficou em meu pensamento por dias e dias...e era um pensamento gostoso...mas os dias foram passando e eu meio que esqueci...
As festas foram acabando e quando tinha, não havia mais shows...
Porém um belo dia Deus, o destino ou o acaso (confesso que sempre tenho dificuldades para saber quem está por trás do que)...enfim, um desses ai fez com que eu e o Marcos nos víssemos novamente...dessa vez era uma festinha de aniversário numa casa na praia de uma amiga da Luci...ela levou a mim e a Aldemoura para a festa...era um churrasco, ficamos lá quase que o dia todo...e convidaram os irmãos para tocar...nossa! eu quase morri ao dar de cara com ele,rsrs...
mas nem foi a mesma coisa na hora, ele tava meio estranho, e acho que nem lembrava mais de mim e daquela noite...eu fiquei meio chateada na hora porquê embora eu também tivesse esquecido, na hora que o revi automaticamente relembrei,rss...e esperava o mesmo dele...mas...
Desencanei e resolvi aproveitar o dia...porém de repente percebo que aqueles olhos estavam me procurando no meio da multidão...e quando os seus encontraram os meus eis que os meus resolveram retribuir e ao se encararem acredito que tudo voltou para ele...(para mim já havia voltado). Ai sim fiquei feliz...a Aldenoura por sua vez repetiu o que havia feito antes e não parava de dar em cima dele...acontece que estávamos rodeados de pessoas de novo e ele que é super tímido não se sentia bem com aquilo...e embora tudo isso acontecesse eu ficava tranquila sabendo que eram em minha direção que seus olhos iam...
Na hora de voltar a Luci disse que daria carona a eles... eu e a Aldenoura íamos voltar na parte de cima do carro (era um carro aberto, sabe? naquela época e naquele local era normal esse tipo de carro) ...enfim...o Marcos disse que queria ir junto com a gente, mesmo tendo espaço para ele na parte da frente do carro, todos deram risada e ele ficou vermelho, a Aldenoura abriu um sorrisão e eu só retribui o olhar de cumplicidade dele...por dentro estava tão contente, mas havia um problema, com a Aldenoura do lado o que dava para fazer? ... enquanto conversávamos os três eu fiquei bolando um plano para encontrá-lo longe dali e um jeito de dizer isso sem que a Aldenoura percebesse as reais intenções... e esperteza para isso era o que não me faltava... (claro que depois eu contei a ela, mas isso nem vem ao caso, e ela não estava encantada com ele da mesma maneira que eu, para ela era só mais um, ela tinha vários...para mim não, então ela nem se importou...enfim...).
O Marcos era super inteligente e estudava na Universidade Federal lá de Fortaleza...ficamos falando de estudos e eu deixei escapar que minha escola era lá perto da universidade dele...disse que não era boa em física e que ele podia me dar umas aulas já que era um gênio...rapidinho ele captou a mensagem e marcamos de ele ir até minha escola dali a dois dias... ficou tudo combinado com o pretexto de que ele ia me dar umas aulas de física (o que não era de todo mentira, física, química, tá tudo ali incluido no pacote,rsss)...meu coração disparava só com a possibilidade de ficar pertinho dele...só nós dois...de abraçá-lo...
E posso dizer que foi tudo perfeito...ele parecia que não existia de tão perfeito que era aos meus olhos, e ele não tinha absolutaente nada de nenhum dos outros com quem eu já havia me envolvido...(lembra dos meus carmas? ele era a excessão...pois não tinha o nome feio, não era baixinho, nem galinha)...
Como combinado ele foi lá na escola na hora do intervalo e eu cabulei as últimas aulas...na hora que ele chegou eu tava com um casal de amigos conversando...foi muito engraçado porquê ele chegou, me cumprimentou com um selinho, eu o apresentei aos meus amigos e nos demos as mãos para descer a rua....parecíamos namorados...foi tão lindo!!!
Ficamos juntos até a hora q a aula acabaria e foi realmente mágico...o beijo, o abraço, o cheiro...ele era tudo que eu nunca soube que eu sempre quis...
Só depois de anos é que me dei conta de que deixei ele escapar...e que perdi muito com isso...eu era tão infantil eu acho..eu nem sei porque o deixei escapar... só ficamos aquela vez...foi como um cometa que surge e se vai antes q a gente se dê conta...ele disse que adorou e marcamos de novo... e adivinha? a tonta aqui o deixou esperando e sei lá porque não apareci...eu me odeio por isso...as vezes acho que o Marcos era o homem da minha vida, que hoje era para estarmos casados, teríamos dois filhinhos lindos e seríamos tão felizes...mas pluft eu estraguei tudo...
Eu acho que sou doente, tenho problemas sérios e digo mais...se você quer me conquistar, me ignore...não me queira, deixe claro que não me quer e eu enlouqueço por você...sou capaz de ir até a lua para te conquistar...mas só pelo prazer da conquista porquê quando eu conseguir isso, provavelmente eu não te queira mais...porque ai perde a graça...e outra, se eu me interessar por você e você se interessar logo de cara por mim também, pode crer que não vai dar certo...porquê eu gosto do que é difícil...eu gosto de sofrer...eu disse que sou doente não disse? pluft...q doida!

...Ainda penso no Marcos nas minhas noites de tristeza em busca do amor...ahh o amor! onde estará vc?